17. O EFEITO DO SUJEITO
CAPÍTULO DEZESSETE
❛ o efeito do sujeito ❜
A PORTA PRETA lisa novamente... Deanna caminhou até ela com a mesma pessoa com quem andava todas as noites. Ela não conseguia ver o rosto dele novamente. Estava escuro demais para ver seu rosto. De repente, havia uma tênue luz azul atrás da porta. Ela estava aberta, e o homem estava prestes a empurrar a porta, e a luz azul iluminou seu rosto. Deanna engasgou quando viu quem era.
— HARRY! — disse Deanna, sentando-se e suspirando trêmula. Ela olhou ao redor e segurou a cabeça entre as mãos. Ela viu Harry, mas ele não era Harry. Ele tinha olhos vermelhos... Como Voldemort. Era por causa da conexão deles? E ela estava vendo isso por causa da conexão dela com Voldemort? Mas Deanna pensou... Ela deveria contar a ele sobre isso? Ou deveria contar ao pai primeiro?
— Preciso de uma maldita pausa. — disse Deanna, levantando-se e saindo silenciosamente do quarto. Ela estava grata que os retratos estavam dormindo e seu pai ainda não estava acordado. Ela saiu do quarto e desceu para as cozinhas usando as passagens secretas e atalhos. Ela finalmente chegou e fez cócegas na pêra.
— Olá, Deanna. — o trio Jemina, Eleanor e Noah cantaram em coro, olhando para a garota com surpresa. Eles não sabiam que ela sabia como entrar na cozinha, mas, por outro lado, ela era a filha do diretor.
— Olá. — disse Deanna, sentando-se com eles e sorrindo para os elfos domésticos. — Olá a todos. Como foi a noite de vocês?
— Foi boa, senhorita! — disse um dos elfos domésticos. — Você gostaria de alguma coisa?
— Só um copo de leite achocolatado, sim. — disse Deanna. — Obrigada. — os elfos domésticos se curvaram e foram trabalhar enquanto Deanna fechava os olhos. — O que vocês três estão fazendo aqui no meio da noite?
— Poderíamos lhe fazer a mesma pergunta. — disse Eleanor, provocando.
— Bem, você está bem, Deanna? — perguntou Jemina preocupada. — Você não parece muito bem.
— Estou ótima. — disse Deanna, abrindo os olhos. — Oh, obrigada, Winky. — ela disse quando Winky lhe deu o copo de leite achocolatado.
— De nada, senhorita. — disse Winky alegremente. Quando Deanna chegou a Hogwarts, Winky se animou consideravelmente, e todos os elfos domésticos de lá consideravam os Dumbledores seus mestres por sua gentileza para com eles.
— Então, o que aconteceu entre você e Harry, Noah? — perguntou Deanna, agora olhando para o garoto silencioso.
— B-Bem. — disse Noah, agora olhando para baixo. — Eu estava perguntando a ele o que somos, e... Ele disse que éramos amigos. Apenas amigos. Então, pronto. Eu pensei que havia algo entre nós, mas aparentemente eu era o único que pensava assim.
— Oh, Noah. — disse Deanna, pousando o copo e envolvendo um braço em volta dele. — Harry é apenas um idiota às vezes, mas acho que ele realmente tem sentimentos por você. Deixe-o correr atrás de você. O idiota precisa aprender.
— Obrigado, Deanna. — disse Noah, abraçando-a.
— Sempre que quiser. — disse Deanna, olhando para Eleanor. — E você... Como você e Ron estão?
As bochechas de Eleanor coraram, mas ela cruzou os braços. — Aquele idiota ainda não está falando comigo. Eu nem sei qual é o problema dele! — Deanna trocou olhares com Jemina e Noah. O problema era óbvio. Ron gostava de Eleanor, mas era muito lento para perceber. Eleanor sabia que gostava de Ron, mas era muito alheia para ver que ele gostava dela de volta.
— Nós também não sabemos, Eleanor. — disse Deanna. — Mas por que você não conta a ele como se sente?
— Por que eu faria isso? Ele não gosta de Hermione Granger?
Deanna endireitou-se ao ouvir isso. — O que?
— O que você está dizendo, El? — perguntou Jemina, observando Deanna atentamente. — Ron não gosta dela. Eles são apenas amigos, como ela e Harry são. Não acho que Ron goste de alguém no momento ainda.
Deanna afundou-se no assento e sorriu levemente para Eleanor. — Ela está certa, Eleanor. Não perca a esperança, hein?
— Não vou. — disse Eleanor, suspirando. — Vou ter que terminar com Blaise então. Vai doer em todo mundo se eu continuar saindo com ele agora.
— Bem dito, El. E você, Jemina? — perguntou Deanna, finalmente encontrando seus olhos. — Alguém especial?
— Não, na verdade não. — disse Jemina, dando de ombros antes de sorrir maliciosamente para a menina mais velha. — E você, Deanna? Você gosta de alguém?
— Não. — disse Deanna rapidamente, imaginando por que ela pensou em Hermione quando Jemina perguntou isso. Jemina apenas assentiu antes de olhar para Eleanor e Noah. Dumbledore gostava de alguém, e eles tinham uma ideia de quem.
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— Bom dia, Pops. — disse Deanna, bocejando enquanto descia.
— Ei, amor. — disse Dumbledore. — Você tem algumas cartas para você. Vou descer para tomar café da manhã.
— Cartas? — disse Deanna. — O que...
— Você vai entender, Deanna, por favor. — disse Dumbledore com um tom de finalidade que surpreendeu Deanna. Ele respirou fundo, levantou-se e beijou o topo da cabeça dela. — Vou pedir para Dobby trazer comida para você. Fique aqui. Não desça. — e ele deixou Deanna ali, observando-o com uma carranca no rosto. Ela sentou-se em uma das cadeiras enquanto Fawkes descia ao lado dela.
— Eu fiz alguma coisa, Fawkes? — perguntou Deanna, acariciando suas penas. Fawkes apenas se aninhou em sua mão para confortá-la. Deanna suspirou e olhou para os papéis na frente dela. Ela pegou o maior pacote e leu o que estava escrito no papel.
Deanna Dumbledore
Gabinete do Diretor
Hogwarts
Seus olhos se arregalaram quando ela abriu e viu que era o Pasquim com a foto dela e Harry na frente.
HARRY POTTER FINALMENTE FALA:
A VERDADE SOBRE AQUELE-QUE-NÃO-DEVE-SER-NOMEADO
E NA NOITE EM QUE O VI VOLTAR
DEANNA DUMBLEDORE VOLTA DOS MORTOS:
COMO ELA ACORDOU CINQUENTA ANOS DEPOIS
E PERMANECEU A MESMA
Ela estava virando a primeira página quando... — Ai! — ela deixou a revista cair e segurou o dedo que estava sangrando. — Como eu me cortei com papel?
Fawkes chorou e deixou uma lágrima cair no corte de Deanna, mas para sua surpresa, seu corte não havia cicatrizado. — O que? — ela e Fawkes se entreolharam e então olharam de volta para seu ferimento. — Você pode tentar de novo? — Fawkes deixou outra lágrima cair em seu corte, mas não funcionou de novo. Fawkes tentou e tentou novamente deixar suas lágrimas caírem.
Deanna estendeu a mão para tocá-lo. — O que? — os olhos de Deanna se arregalaram quando ela sentiu o calor de onde o tocou, mas o que a surpreendeu foi como as lágrimas curaram seu corte. Ela olhou para Fawkes curiosamente. — O que aconteceu? Espere. — ela pegou sua varinha e fez um corte em sua mão. Ela tocou Fawkes e o calor voltou. Ela estendeu o corte. Fawkes entendeu e fez uma lágrima cair sobre ele. Deanna ficou surpresa quando ele se curou novamente.
— Você sabe alguma coisa sobre isso, Fawkes? — perguntou Deanna olhando para sua mão curada. Fawkes apenas soltou um grito que Deanna pensou ser sua discordância. — Okay então. Vamos manter isso para nós mesmos, sim? — Fawkes assentiu e aninhou-se em sua mão mais uma vez enquanto Deanna finalmente abriu o Pasquim e leu o artigo. Ela sorriu amplamente quando Rita Skeeter escreveu exatamente do jeito que ela e Harry disseram.
— Senhorita Dumbledore? — disse Dobby, abrindo a porta e segurando um copo de leite achocolatado e um prato de cachorro-quente.
— Obrigada, Dobby. — disse Deanna, colocando o Pasquim de lado. — Por favor, sente-se para uma conversa.
— Obrigado, senhorita. — disse Dobby, sentando-se na frente dela e olhando para a pilha de cartas curiosamente. — Essas cartas são suas, senhorita? Sr. Harry Potter também recebeu algumas. Ouvi dizer que vocês dois receberam uma semana de detenções com ela, senhorita, e você foi banida de Hogsmeade também.
— O QUE? — exclamou Deanna com leve raiva. — Por que?
— Por falar sobre seu retorno, senhorita. — disse Dobby humildemente.
Deanna respirou fundo e suspirou. — Tanto faz, ela pode deixar uma cicatriz na minha mão ensanguentada para sempre, mas não vou mentir e dizer que não deveria ter voltado. — ela olhou para sua mão com cicatriz e sorriu levemente para Dobby. — Obrigada por isso, Dobby.
— De nada, senhorita. Já estou indo. — disse Dobby e saiu da sala com uma última reverência.
— É por isso que ele está bravo, Fawkes? — disse Deanna calmamente. — Porque eu falei sobre meu retorno?
— Ele não está bravo por causa disso, Deanna. — disse alguém de repente. Ela olhou para trás e viu que era o retrato de Armando Dippet que falava.
— Então por que sinto que fiz algo errado quando tudo o que fiz foi falar a verdade? — perguntou Deanna com raiva, levantando-se.
— Ele não está bravo. — disse Armando Dippet suavemente. — Pelo menos não com você.
— Então por que...
— Ele está preocupado com você. Você sabe como Dolores Umbridge é. Ela faria de tudo para puni-lo por tudo o que fez para falar sobre o retorno de Você-Sabe-Quem.
— Isso não...
— Albus perdeu você uma vez, Deanna. Ele não quer perder você de novo. — as palavras de Armando Dippet fizeram o rosto de Deanna cair. Ela sentou-se novamente em seu assento e esfregou a testa.
— Sinto muito. — ela disse em voz baixa.
— Está tudo bem, querida. — disse Armando Dippet. — Lembre-se. Você é tudo para Albus. Você sempre foi tão apaixonada e gentil, mas também deveria pensar no seu próprio bem-estar.
Deanna assentiu silenciosamente e começou a ler algumas das cartas. Ela sorriu quando algumas delas eram de algumas pessoas que ela conhecia, como Sullivan, Molly, Moody e os outros. As cartas eram em sua maioria positivas, parabenizando-a por seu retorno, perguntando como ela estava e a maioria dizendo que acreditava nela. Havia algumas cartas de ódio, dizendo que ela era uma idiota e que deveria apenas calar a boca, mas é claro, com o que ela passou com Umbridge, ela não era mais afetada por esse tipo de carta.
Deanna ergueu os olhos quando a porta se abriu e Dumbledore, Minerva, Pomona e Umbridge entraram. — Pai, Mini- Professores.
Dumbledore franziu a testa para ela. — Deanna...
— Professor Dumbledore. — Umbridge o interrompeu. — Nós concordamos que eu falo. — Dumbledore apenas assentiu e olhou para Minerva e Pomona em advertência quando elas estavam prestes a falar.
— Agora, Srta. Dumbledore... — disse Umbridge docemente, olhando para Deanna. — Você contou mentiras mais uma vez, e pelo que fez, você terá uma semana de detenções comigo e será banida de Hogsmeade.
— E?
— Você está sendo considerada para expulsão agora mesmo! — gritou Umbridge para ela, sua varinha agora apontando para Deanna. Dumbledore, Minerva e Pomona todos pegaram suas varinhas e as apontaram para ela. Deanna, embora seu coração estivesse batendo rápido, colocou uma cara composta e olhou para Umbridge calmamente.
— Essa é minha filha, Professora Umbridge. — disse Dumbledore humildemente. — Você pode dar detenções e proibições a ela, mas não a machucará. — a Professora Umbridge estava prestes a retrucar quando viu as varinhas apontadas para ela. Ela respirou fundo e guardou sua varinha no bolso. Dumbledore, Minerva e Pomona fizeram o mesmo.
— Agora, vejo você na semana que vem, Srta. Dumbledore. 5 da tarde no meu escritório. — disse Umbridge e assentiu brevemente para Dumbledore, Minerva e Pomona antes de sair do escritório. Todos soltaram suspiros de alívio e Deanna olhou para baixo quando seu pai e seus amigos olharam para ela.
— Sinto muito. — disse Deanna calmamente. — Sinto muito por preocupar todos vocês. — ela olhou para cima e viu que todos estavam sorrindo para ela. Ela ficou surpresa quando Minerva e Pomona vieram até ela e lhe deram um abraço apertado.
— Oh, Dee. — disse Pomona gentilmente. — Estamos todos orgulhosos do que você fez, mas são tempos em que precisamos ter cuidado.
— Dolores Umbridge está fazendo tudo que pode para destruir você e Alvo. — disse Minerva.
— Eu sei, Pommy, Minnie. — disse Deanna. — Mas eu não me arrependo de nada. Se eu tiver que ficar com a mão marcada por dizer a verdade, eu faria tudo de novo. — ela olhou para Dumbledore dessa vez. — Não é isso que devemos fazer, Pops? — Pomona e Minerva trocaram olhares antes de se desculparem e irem embora.
— Sinto muito por te preocupar, papai. — disse Deanna. — E-eu não queria te deixar preocupado, mas eu precisava fazer isso. Eu preciso contar a verdade.
— Eu sei, fênix... — disse Dumbledore, abraçando sua filha com força. — E sei que você está fazendo isso pelo bem maior, mas eu sou um pai, e é isso que eu faço. Preocupar-me com você e protegê-la, mas não posso fazer essas coisas se você se arrisca o tempo todo, querida.
— E eu estou me arriscando por uma boa causa, Pops. O mundo precisa que as pessoas digam a verdade, e se eu não falar, o que vai acontecer? — disse Deanna. — Você sempre estará lá para eu me apoiar, Pops, e é disso que eu preciso. Eu posso me machucar e me quebrar, mas apenas me deixe saber que eu tenho você, e eu ficarei bem.
Os olhos de Dumbledore suavizaram. Ele sabia que nada poderia mudar a mente de Deanna. Eles eram Dumbledores, afinal. Eles eram teimosos, todos eles. — E eu sempre estarei aqui, amor. — eles se abraçaram novamente. Dumbledore não gostou, mas não tinha escolha. Deanna era assim mesmo. Ela arriscaria tudo por todos, mesmo que isso significasse se sacrificar.
•─────⋅☾ ☽⋅─────•
Deanna esperava que eles reagissem assim. Estavam todos olhando para ela e sussurrando ainda mais do que no começo do ano. Ela ficou feliz quando Jemina, Eleanor e Noah disseram que acreditavam nela e em cada parte disso. Deanna simplesmente ignorou os olhares deles, mas quando foi para Herbologia naquele dia, ela hesitou em se sentar com seus amigos. Ernie, Susan, Hannah e Justin estavam sorrindo para ela.
— Venha aqui, Deanna. — disse Ernie, e isso fez Deanna relaxar e se sentar com eles.
— Você é realmente corajosa, Deanna. — disse Hannah, sorrindo amplamente para ela. — Você teria se saído bem na Grifinória.
— Obrigada, Hannah. — riu Deanna. — Mas acho que sou mais texugo, não é? — todos riram e concordaram, gratos que Dumbledore era uma lufa-lufa e sua amiga.
— Obrigada por falar a verdade, Deanna. — disse Susan suavemente. Deanna apenas sorriu e deu um tapinha em sua mão, sabendo o que parte de sua família passou sob Voldemort e os Comensais da Morte.
— Só queremos te dizer... — sussurrou Justin. — Nós todos acreditamos em você. Estamos com você o tempo todo, Deanna. — ela sorriu de volta e agradeceu a todos, e assim foi durante o dia todo. A maioria dos lufas-lufas, com exceção de Zacharias Smith, veio até ela e disse que estavam com ela o tempo todo.
Fred, George e Ginny também lhe contaram, e até mesmo os professores lhe deram pontos sem motivo. Ela estava feliz por ter os lufas-lufas e a maioria de Hogwarts a apoiando, e isso deixou Deanna mais motivada do que nunca. Naquela noite, ela se encontrou com Harry, Ron e Hermione, que estavam tão eufóricos quanto ela. Eles então convidaram Deanna para uma noite de comemoração na torre da Grifinória, mas estando bastante exausta com os eventos do dia, ela foi dormir cedo.
Algum tempo depois de dormir, Deanna se viu parada em um quarto escuro, iluminado por uma única fileira de velas. Ela olhou para a frente e viu a mesma silhueta que sempre estivera vendo. Ela se inclinou um pouco e seus olhos se arregalaram quando viu que agora era o rosto de Voldemort que ela estava vendo. Ele tinha as mãos cerradas nas costas de uma cadeira na frente dele, e havia alguém ajoelhado no chão. Ela olhou atentamente e se lembrou dele do noticiário. Era Augustus Rookwood.
— Parece que fui mal aconselhado. — disse Voldemort com raiva.
— Mestre, peço seu perdão... — Rookwood resmungou, tremendo.
— Eu não o culpo, Rookwood. — disse Voldemort naquela voz fria e cruel. Ele largou a cadeira e andou para mais perto do homem. — Você tem certeza dos seus fatos, Rookwood?
— Sim, meu senhor, sim... Eu costumava trabalhar no departamento depois - afinal...
— Avery me disse que Bode seria capaz de removê-lo.
— Ele nunca poderia tê-lo feito, Mestre... Ele saberia que não poderia... Sem dúvida é por isso que ele lutou tanto contra a Maldição Imperius de Malfoy...
— Levante-se, Rookwood. — sussurrou Voldemort. Rookwood obedeceu imediatamente, olhando para Voldemort com terror nos olhos.
— Você fez bem em me contar isso. — disse Voldemort. — Muito bem... Eu desperdicei meses em esquemas infrutíferos, ao que parece... Mas não importa... Nós começamos de novo, a partir de agora. Você tem a gratidão de Lord Voldemort, Rookwood...
— Meu Senhor... sim, meu Senhor. — suspirou Rookwood aliviado.
— Precisarei da sua ajuda. Precisarei de todas as informações que você puder me dar.
— Claro, meu senhor, claro... Qualquer coisa...
— Muito bem... Você pode ir. Mande Avery até mim. — Rookwood desapareceu da sala, e Voldemort começou a se virar em direção à parede onde um espelho estava pendurado. Deanna o seguiu curiosamente, mas ainda mantendo distância. O reflexo de Voldemort ficou cada vez maior e Deanna engasgou quando o que viu foi o rosto de Harry no espelho e não o de Voldemort.
Voldemort de repente se virou e olhou para ela com os olhos arregalados. — Dea... — assim como na vez anterior que Voldemort a viu, os olhos de Deanna se abriram e ela se sentou, respirando pesadamente, abafando seus gritos com seu travesseiro quando sentiu a dor percorrer seu corpo. Voldemort estava no caminho certo, o que quer que estivesse no Departamento de Mistérios, ele estava prestes a pegar. Ela tinha que avisar seu pai.
Ainda sentindo dor, Deanna levantou-se trêmula e desceu correndo as escadas. — Pops!
— O que foi, amor? — perguntou Dumbledore, confuso sobre o porquê de ela estar tão alarmada.
— Voldemort está no caminho certo. — ela disse rapidamente. — Rookwood havia lhe contado como chegar lá. — ela caiu no chão, gritando por causa da dor repentina em seu corpo.
— Deanna! — Dumbledore disse, correndo até ela. Ele a levantou nos braços e a colocou em um dos sofás. Quando Deanna parou de se mover, ela ofegou, suas roupas estavam encharcadas de suor.
— E-eu estou bem. — disse Deanna, tentando se sentar, mas Dumbledore a empurrou gentilmente.
— Fique aqui, minha pequena fênix. — disse Dumbledore. Deanna assentiu e deitou a cabeça no colo dele, fechando os olhos quando sentiu Dumbledore acariciando seus cabelos. A punição de Avery estava feita, mas o que eles estavam procurando no Departamento de Mistérios? O que Voldemort procurava tão desesperadamente lá?
•─────⋅☾ ☽⋅─────•
— Eu melhorei, Pops? — perguntou Deanna, afundando em uma das cadeiras. Eles tiveram suas aulas de Oclumência novamente, e embora Deanna estivesse aprendendo a revidar, Dumbledore era um especialista em Legilimência, então ele ainda podia ver as memórias de Deanna. Ele ficou satisfeito em saber que na maioria das vezes que ele tentava Legilimência nela, uma das pessoas que pareciam aparecer em suas memórias o tempo todo era Hermione Granger.
— De fato, amor. — disse Dumbledore orgulhosamente. — Uma lembrança a menos hoje. — Deanna sorriu para ele e bebeu seu copo de leite achocolatado. A porta se abriu de repente para revelar Pomona ali, ofegante.
— Diretor! Umbitch está demitindo Sybill! — disse Pomona. Deanna e Dumbledore imediatamente se levantaram e correram com Pomona.
— O que aconteceu, Pommy? — perguntou Deanna.
— Essas inspeções estúpidas, Deanna. — disse Pomona, melancolicamente. — Ela disse que Sybill não merecia estar aqui. — os olhos de Deanna brilharam. A bruxa miserável. Oh, como Deanna gostaria de dá-la de comer a Grope, mas talvez até ele a cuspisse, pensando que ela era um sapo. Dumbledore acenou com sua varinha e uma fênix prateada saiu. Eles finalmente chegaram ao pátio.
— Vá lá, Pomona. — disse Dumbledore. — Eu sei que alguém brigaria comigo... — Deanna sorriu para isso. — Então eu não vou discutir com ela e a deixarei vir. — Pomona apenas assentiu e se afastou deles.
— Calma, calma, Sibyll... Acalme-se... Assoe o nariz nisso... Não é tão ruim quanto você pensa... Você não vai ter que deixar Hogwarts... — disse a voz de Minerva.
— Pronto, pai?
— Pronta, fênix.
— Ah, é mesmo, Professora McGonagall? — disse Umbridge com uma voz mortal. — E sua autoridade para essa declaração é...?
— Isso seria meu. — disse Dumbledore em uma voz profunda. As portas de carvalho da frente se abriram e Dumbledore e Deanna marcharam até onde Trelawney estava sentada.
Harry cutucou Hermione. — Olha, é Deanna.
— Onde? — perguntou Hermione, olhando ao redor freneticamente e ela engasgou quando viu os dois Dumbledores lá em cima, encarando Umbridge. Deanna de alguma forma conseguiu encontrar Hermione, e ela piscou para ela, o que fez a Grifinória corar e Harry e Ron sorrirem provocativamente para ela.
— Ah, cale a boca. — disse Hermione, sorrindo amplamente.
Deanna se agachou para Trelawney e Minerva com um olhar preocupado para a mulher soluçante. — Você está bem, Professora? Não se preocupe, você vai ficar aqui, precisamos de você em Hogwarts.
— E-eu estou bem, o-obrigada, querida. — disse Trelawney, ainda soluçando. Deanna e Minerva se entreolharam, franzindo a testa. A lufana olhou feio para Umbridge. Ela estava atacando outra pessoa agora? Quando ela ficaria satisfeita e simplesmente os deixaria em paz?
— Seu, Professor Dumbledore? — disse Umbridge, rindo baixinho. — Temo que você não entenda a posição. Eu tenho aqui... — ela puxou o pergaminho. — Uma Ordem de Demissão assinada por mim e pelo Ministro da Magia. Sob os termos do Decreto Educacional Número Vinte e Três, a Alta Inquisidora de Hogwarts tem o poder de inspecionar, colocar em liberdade condicional e demitir qualquer professor que ela - isto é, eu - sinta que não está atuando de acordo com o padrão exigido pelo Ministério da Magia. Eu decidi que a Professora Trelawney não está à altura. Eu a demiti.
Deanna olhou para cima e viu Dumbledore, ainda sorrindo. Ele olhou para Trelawney. — Você está certa, é claro, Professora Umbridge. Como Alta Inquisidora, você tem todo o direito de dispensar meus professores. Você não tem, no entanto, autoridade para mandá-los embora do castelo. Receio... — ele continuou, com uma pequena reverência cortês. — Que o poder de fazer isso ainda resida com o diretor, e é meu desejo que a Professora Trelawney continue a viver em Hogwarts.
A Professora Trelawney riu loucamente. — Não - não, eu v-vou, Dumbledore! Eu d-devo d-deixar Hogwarts e b-buscar minha fortuna em outro lugar...
— Não. — disse Dumbledore bruscamente. — É meu desejo que você fique, Sibyll. — ele se virou para Minerva. — Posso pedir que você acompanhe Sibyll de volta para cima, Professora McGonagall?
— Claro. — disse McGonagall. — Levante-se, Sibyll... — Pomona e o Professor Flitwick vieram e a ajudaram a se levantar.
Dumbledore estendeu a mão para Deanna, que a aceitou alegremente e sussurrou. — Sorria.
Umbridge estava olhando para os dois Dumbledores, que a encaravam com sorrisos nos rostos. — E o que... — ela disse em voz baixa. — Vocês vão fazer com ela quando eu nomear uma nova professora de Adivinhação que precise de alojamento?
— Oh, isso não será um problema. — disse Dumbledore agradavelmente. — Veja, eu já encontrei um novo professor de Adivinhação, e ele vai preferir acomodações no térreo.
— Você encontrou? — perguntou Umbridge estridentemente. — Você encontrou? Posso lembrá-lo, Dumbledore, que sob o Decreto Educacional Vinte e Dois...
— O Ministério tem o direito de nomear um candidato adequado se - e somente se - o diretor não conseguir encontrar um. — disse Dumbledore. — E estou feliz em dizer que, desta vez, eu tive sucesso. Posso apresentá-lo? — Deanna agora entendia para onde seu patrono tinha ido há algum tempo. Murmúrios surgiram dos alunos, e um caminho se abriu para o centauro, que havia acenado para Deanna depois de encará-la. Deanna sorriu levemente e riu quando viu a estupefata Umbridge.
— Este é Firenze. — disse Dumbledore alegremente. — Acho que você o achará adequado.
•─────⋅☾ ☽⋅─────•
— Ei, Fred, George, Lee. — disse Deanna, acenando para os três garotos no final do corredor.
— Olá, Deanna. — disse Lee enquanto o trio parava e esperava Deanna chegar até eles.
— Tenho uma coisa para você, encontrei nas minhas coisas velhas. — disse Deanna, segurando algo atrás das costas.
— O que foi? — perguntou Fred.
— Uma fênix, talvez? — disse George.
— Ou talvez, bombas de bosta? — disse Lee.
— Ou uma nova invenção? — disseram os gêmeos e Lee, seus olhos brilhando com travessura. Deanna apenas riu e estendeu o pergaminho que estava segurando.
— O qu... — os queixos dos brincalhões caíram quando eles abriram o pergaminho. Era um plano para uma loja de brincadeiras com várias invenções e ideias no interior. Fred e George sorriram levemente quando viram que havia uma foto de Ignatius, Thaddeus e Deanna no topo. Deanna havia escrito uma nova nota para eles.
Para este trio de brincalhões,
Espero que isso sirva bem para seus planos de construir uma loja de brincadeiras. Seja ousado e corajoso nas invenções que fizer. Sei que você será um grande sucesso e que ficará feliz com o que fizer e espalhará risadas por todo o Mundo Mágico. Estarei sempre aqui, apoiando vocês três.
Muito amor,
Deanna.
— Isso não foi... — Deanna foi interrompida quando Fred, George e Lee a puxaram para um abraço apertado.
— Obrigado, Deanna. — disse Fred suavemente. — Isso vai nos ajudar muito.
— Quando quiser. — disse Deanna, sorrindo para eles. — Ouvi do Pops que o Beco Diagonal 93 está livre.
— Vamos dar uma olhada. — disse George. — Obrigado.
— Você é incrível, Dumbledore. — disse Lee, bagunçando o cabelo. Deanna apenas riu e se despediu deles, seguindo seu caminho. Ela parou em um dos corredores e sorriu quando olhou para o céu pela janela. Seus amigos devem estar orgulhosos lá em cima de ver seus netos vivendo seus sonhos, e Deanna sabia que eles estavam cuidando deles, de todos eles. Com esse pensamento em mente, ela entrou na Sala de Aula 11 para Adivinhação.
— Deanna Dumbledore. — disse Firenze. — As estrelas mudaram continuamente por sua causa.
— Sério? — disse Deanna, seus lábios se curvando levemente, mas ela franziu a testa quando viu a pegada do casco em seu peito. — Meu pai me contou o que aconteceu. Você tem um lar aqui em Hogwarts, Professor, e nós lutaremos por você. — ela sentou-se ao lado de Harry e Ron e deixou Firenze com um sorriso gentil no rosto. Ele começou a torcer então para que as estrelas mudassem mais uma vez porque o destino não foi gentil com Deanna Dumbledore.
•─────⋅☾ ☽⋅─────•
— Como está Grope? Ele está bem? — perguntou Deanna enquanto ela e Hagrid alimentavam os Testrálios. Ela podia vê-los, pois tinha visto alguém morrer quando era apenas uma criança.
— Ele está ótimo, Dee. — disse Hagrid então ele parou e olhou para Deanna, sem perceber que o Testrálio estava cheirando seus dedos. — Você gostaria de conhecê-lo? Ei, saia.
— Eu adoraria, Rubeus. — disse Deanna alegremente. — Vamos logo com isso então. — eles terminaram de alimentar os Testrálios e começaram sua jornada para o centro da floresta. Com uma besta na mão, Hagrid contou a ela sobre como ele estava ensinando Grope a falar. Eles finalmente chegaram a uma clareira, e Deanna pensou que as criaturas foram brilhantes em não virem a este lugar. Grope provavelmente os teria destruído.
— É ele, Rubeus? — Deanna arfou levemente quando notou a pedra que se movia levemente, como o movimento rítmico do peito de uma pessoa.
— É, Grope! — Hagrid gritou e o cutucou nas costas com um galho longo. — Acorde! — a pedra então se moveu, fazendo o chão tremer levemente e Deanna quase cair, e revelou a figura de dezesseis pés de Grope.
— Tenho uma amiga aqui. — disse Hagrid, apontando para Deanna.
— Olá, Grope. — disse Deanna. Ela deu um passo à frente e sorriu para o gigante que a olhava curiosamente. — Meu nome é Deanna. Deanna Dumbledore. Como vai? — Grope rugiu de repente e num piscar de olhos, ele pegou Deanna em sua mão, o que fez a lufana gritar.
— Coloque-a no chão, seu grande palhaço! — gritou Hagrid para ele. — Ela é uma amiga! Ela é da família.
— Está tudo bem, Rubeus. — disse Deanna, tentando manter a calma. Ela sorriu para o gigante e apontou para o chão. — V-Você pode me colocar no chão, por favor? — Grope então olhou para baixo e lentamente colocou Deanna no chão.
— Você está bem, Dee? — disse Hagrid preocupado.
— Sim. — disse Deanna, sorrindo quando Grope de repente estendeu o que parecia ser parte da bicicleta para ela. Ela olhou para ela curiosamente antes de tocar a campainha. Grope soltou uma risada selvagem antes de se sentar sob a árvore e brincar com a campainha. — Ruby, estou tão feliz por você. Você tem um irmão.
— Eu também estou feliz, Dee. — disse Hagrid, sorrindo para a garota. — Ele simplesmente não conhece sua própria força às vezes.
— Estaremos aqui por ele, Rubeus. — disse Deanna suavemente. — Todos nós estaremos. — e Hagrid sorriu para a garota, que foi até Grope e tocou a campainha para ele novamente. Deanna não era mais apenas uma amiga. Ela era família. Ela nunca conheceu uma criatura que não pudesse amar, fosse Aragogue, Grope ou o próprio Voldemort. Ela era exatamente desse tipo, e Hagrid sabia que, enquanto tivesse Deanna e Grope, ele ficaria bem, não importa o que acontecesse.
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